Hoje (14.10.2011) na aula de português instrumental debatemos os prós e contras da avaliação escrita na educação. No momento do debate não me quis pronunciar e mostrar meu ver sobre a situação. Pois bem, meus estimados colegas explanaram brilhantemente suas opiniões e apenas quero acrescentar algumas coisas que não foram faladas por falta de tempo.
1 - a avaliação escrita é um instrumento válido na educação, no entanto não do modo estrito como é apresentada nas salas de aula, posto que não reflete a totalidade das capacidades do educando, pois em uma avaliação dita argumentativa pouca ou nenhuma valia é dada a vivência extraclasse do indivíduo. Tomemos um exemplo prático: se o professor pergunta Quem descobriu o Brasil? Existe apenas uma resposta correta que é Pedro Álvares Cabral, ou seja, mesmo sendo de amplo conhecimento o fato que o Brasil não foi descoberto haja vista que já haviam populações vivendo nessas terras, para o aplicador da prova ou avaliação isso nada importa porque o conteúdo da disciplina diz só haver uma resposta a pergunta, qualquer coisa que venha a divergir é tida como errada.
O que me leva ao segundo ponto:
2- Em termos de conhecimento humano não existem verdades absolutas pois como tudo quanto é humano é passível de falhas. Tendo em vista essa imperfeição do conhecimento, o modo mais eficaz para vermos nossos erros enquanto pessoas em busca de saberes e conhecimentos é a interação com o outro, ver o mundo por outra perspectiva, a qual muitas vezes nos revela nuances que não nos tínhamos atentado antes. mas que partindo dos diálogos e discussões dentro e fora de classe tornamo-nos plenamente capazes de compreender e assimilar, aumentando assim qualitativamente nosso conhecimento sobre os temas abordados.
Deste modo, nota-se claramente que a avaliação escrita é válida, desde que embasada nos saberes adquiridos através de estudos, discussões e argumentações coerentes aos temas e vivências do indivíduo e não só no aprendizado por repetição.
Urge mencionar que grande parte dos problemas enfrentados pelos alunos na leitura e interpretação de textos - sejam escritos ou não - advêm do não estimulo e consequente não apreço pela leitura, pois o aluno nas séries iniciais não é estimulado a fazer uma leitura crítica do mundo, admito que claramente crianças de cinco ou seis anos não possuem discernimento para compreender o todo, no entanto elas deveriam ser incitadas a leitura através de livros com figuras e temas que atraiam sua atenção, deste modo fazendo com que adquiram o hábito pela leitura que fará com que possam futuramente ser cidadãos mais capazes de emitir juízos de valor e assim contribuir para a melhoria da sociedade e seus meios de vivência.